A Pirelli completou 40 anos terça-feira sob um estado de preocupação no chão da fábrica em Gravataí. O medo é grande entre funcionários e sindicalistas, que temem que a fábrica feche em Gravataí e a produção seja transferida para a China.
A empresa, cujas unidades fabris brasileiras empregam 2.500 pessoas, foi comprada pelo grupo chinês ChemChina (China National Chemical Corp) em março do ano passado por US$ 7,7 bilhões.
O hit da chamada ‘rádio peão’ – como é conhecida a propagação de boatos dentro das fábricas –, é que as fábricas brasileiras, onde a mão de obra é muito mais cara, não sobrevivem mais de cinco anos.
A diferença é algo como “paga um aqui, paga 100 lá”, como alertam sindicalistas.
Para salvar os empregos, em abril do ano passado 450 dos 1,5 mil trabalhadores da fábrica de Gravataí, onde são produzidos mais de 10 milhões de pneus por ano, entraram em sistema de lay off – a redução de jornada. Em fevereiro deste ano, 70 foram demitidos.
Sabe-se tanto dos exóticos hábitos alimentares de muitos chineses, quanto sabe-se que o gigante 'comunista' é um insaciável devorador de tecnologia. Que depois transforma em receita caseira.