Vacinação

CANOAS | Primeira dose: chegou a vez das comorbidades; saiba quem deve se vacinar esta semana

Vacinação avança para grupos prioritários com comorbidades em Canoas a partir desta semana. Foto: Divulgação/EComPMC

Sábado, 1º, Prefeitura encerrou a campanha de vacinação para o público maior de 60 anos e, hoje, abre para pacientes com comorbidades

O primeiro público com menos de 60 anos a receber a vacina contra a Covid-19 a a partir desta segunda-feira é das pessoas com Síndrome de Down. A vacinação acontece na APAE de Canoas e no Instituto Pestalizzi, entre 8h e 15h. É importante levar documento com foto e só recebe a dose quem for maior de 18 anos – os protocolos da Vigilância Sanitária ainda não permitem a imunização de menores de idade. Também é necessário o comprovante de residência na cidade.

 

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Na terça, 4, a vacinação será aberta para pessoas com doença renal crônica e que se submetem à diálise. Para receber a 1º dose, pacientes precisam de documento com foto e laudo médico comprovando sua condição de comorbidade, com cópia; a cópia ficará arquivada no prontuário do paciente na Prefeitura. Também é necessário o comprovante de residência em Canoas. A imunização deste grupo acontece na Clínica Pró-Renal, que fica na Rua Cândido Machado, 106, no Centro.

Já na quarta-feira, 5, será a vez das pessoas com deficiência permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) que tenham entre 55 e 59 anos de idade. A imunização acontece no Instituto Pestalozzi, entre 8h e 15h, e também é necessário levar documento com foto e comprovante de residência.

A partir de hoje, 3, a vacinação de gestantes e puérperas acima dos 18 anos foi liberada. Elas precisam procurar o Ambulatório Pré-Natal de Alto Risco do Hospital Universitário entre 8h e 17h levando documento com foto, a carteirinha do Pré-Natal ou Certidão de Nascimento do filho nascido há menos de 45 dias e comprovante de residência em Canoas.

Ao final deste post, uma lista completa com as comorbidades que entram nesse grupo prioritário para o recebimento da 1º dose da vacina contra a Covid-19.

No sábado, 1º, a Prefeitura encerrou a aplicação da primeira dose para pessos com 60 anos ou mais. Quem se enquadra nos critérios de idade para receber a vacina mas ainda não foi vacinado pode procurar o posto de saúde mais próximo de casa para receber informações sobre como proceder.

 

Segunda dose atrasada

Esta semana, segue a espera de quem tomou a primeira dose da CoronaVac, encerrou o prazo de intervalo e ainda não recebeu a segunda dose. A Prefeitura estima que cerca de 12,5 mil canoenses da faixa de 66 a 68 anos estejam nessa situação. No sábado, a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, confirmou que o Rio Grande do Sul receberá entre hoje e quarta-feira um novo lote vindo do Instituto Butantã, mas disse também que o quantitativo ainda é insuficiente para regularizar o problema. 

É provável que as doses suficientes para cobrir o plano vacinal dos idosos só chegue em meados da semana que vem. De acordo com os técnicos do Estado, mesmo com o atraso, não deve haver prejuízo à proteção dos idosos mesmo que o intervalo entre as doses seja maior do que o recomendado.

O problema no atraso se deu por conta de uma orientação diferente dada pelo Ministério da Saúde dada ainda em meados de março. A orientação foi de que não se fizesse a guarda da vacina para segunda dose, mas se aplicasse todas as doses disponíveis em pacientes em primeira dose. Com o atraso na chegada de insumos para produção das vacinas, o Butantã não cumpriu o prazo para envio dos lotes – o que resultou na falta de vacinas que se verifica em todo o país esta semana.

Comorbidades

O Ministério da Saúde definiu 22 categorias de problemas crônicos de saúde (confira a lista abaixo), como diabetes, hipertensão arterial resistente, complicações cardíacas e pulmonares e obesidade mórbida. Recentemente, grávidas e puérperas (mulheres que deram à luz há menos de 45 dias) foram incluídas nesse grupo prioritário. Estão contempladas, ainda, doenças raras que implicam em maior risco para a covid-19. Como não é possível vacinar todos de uma única vez, devido ao número insuficiente de vacinas, a imunização se dará em etapas, de acordo com as remessas enviadas.

Na Fase 2, ainda sem data de início, a vacinação será estendida às demais pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente cadastradas no BPC e gestantes e puérperas, independentemente de condições pré-existentes, segundo as faixas de idade de 50 a 54 anos, 45 a 49 anos, 40 a 44 anos, 30 a 39 anos e 18 a 29 anos.

A orientação é para que se respeite o intervalo mínimo de 14 dias entre a aplicação da dose da vacina contra a Covid-19 e a administração da vacina da gripe ou outra do calendário nacional. A prioridade, no entanto, deve ser da vacina Covid-19, conforme recomendação do Ministério da Saúde.

 

Como comprovar a comorbidade

Para se vacinar, é obrigatória a apresentação de laudo médico que comprove que a pessoa se enquadra em um dos grupos de risco e comprovante de residência em Canoas. Os pacientes já atendidos na rede pública municipal devem procurar a sua unidade básica de referência para realizar a comprovação.

 

Grupo de comorbidades

Diabetes mellitus: pessoas com diabetes mellitus

Pneumopatias crônicas graves: indivíduos com pneumopatias graves, incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática).

Hipertensão Arterial Resistente (HAR): quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou PA controlada em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos

Hipertensão arterial estágio 3: pressão arterial sistólica igual ou superior a 180 mmHg e/ou diastólica igual ou maior a 110 mmHg, independentemente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade.

Hipertensão arterial estágios 1 e 2: com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade. Pressão arterial sistólica entre 140 e 179 mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109 mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade.

Insuficiência cardíaca (IC): insuficiência com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association.

Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar: cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária.

Cardiopatia hipertensiva: hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo

Síndromes coronarianas: síndromes coronarianas crônicas, como Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós-Infarto Agudo do Miocárdio, entre outras.

Valvopatias: lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, entre outras)

Miocardiopatias e Pericardiopatias: miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática.

Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas: aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos.

Arritmias cardíacas: arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais, entre outras)

Cardiopatias congênitas no adulto: cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas, insuficiência cardíaca, arritmias, comprometimento miocárdico.

Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados: portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência).

Doença cerebrovascular: acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular.

Doença renal crônica: doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.

Imunossuprimidos: indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas.

Hemoglobinopatias graves: doença falciforme e talassemia maior.

Obesidade mórbida: índice de massa corpórea (IMC) igual ou superior a 40.

Síndrome de Down: trissomia do cromossomo 21.

Cirrose hepática: Child-Pugh A, B ou C. 

 

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