Sem representantes no segundo turno, direita não se une em torno de candidatura alguma e esquerda decide ser oposição à todos
Candidato no primeiro turno, Capitão Nascimento (PSC) foi o primeiro prefeiturável de Canoas a declarar apoio no segundo. Vai de Luiz Carlos Busato (PTB). Simone Sabin (PRTB), outra representante da direita empoderada, escolheu um caminho diferente: estará com Jairo Jorge (PSD) no próximo domingo, 29.
Simone e Nascimento são frutos de um movimento que floresceu com a vitória de Jair Bolsonaro em 2018: o da direita raiz. Eles sempre existiram, inclusive nos anos de ouro do PT no poder com Lula e Dilma, mas não se viam representados pelos políticos de sempre. Com a ascenção de Bolsonaro, ganharam luz. Foram às urnas em 2020 e, sem uma unidade mínima, não tiveram a adesão do eleitorado que o presidente experimentou. E continuam não tendo unidade: no segundo turno, cada um foi para um lado.
Entre os neo-jairistas e neo-busatistas de Direita, o placar é 1 a 1.
Na esquerda, o papo é outro. Pablo Henrique, professor que concorreu a prefeito de Canoas pelo PSol no primeiro turno, nem sabe ainda se conseguirá votar. "Vou ajudar na disputa em Porto Alegre", conta ele. "Provavelmente, justifique".
Se der tempo para voltar a Canoas, anula. "Somos oposição a Jairo e Busato", esclarece, contando que o partido definiu que não estaria ao lado de nenhum dos postulantes no segundo turno.