O Rio Grande do Sul inteiro acaba de ser classificado preliminarmente na bandeira vermelha no Distanciamento Controlado.
– O Rio Grande do Sul passa pelo momento mais crítico da pandemia de coronavírus – resumiu o governador Eduardo Leite, em nota publicada às 18h desta sexta, na qual informa que pela primeira vez as 21 regiões do Estado estão em alto risco de contágio.
Gravataí e Cachoeirinha tem prazo até amanhã para recorrer e manter a bandeira laranja. Ainda não tenho confirmação dos governos Marco Alba e Miki Breier.
A definição da bandeira – e a adoção de eventuais novos protocolos para atividades essenciais e não essenciais – acontece até a próxima terça.
Já a manchete sobre o Dom João Becker guarda exagero, mas minha intenção é chamar atenção do leitor: o único hospital de Gravataí está superlotado, como antecipei na tarde desta quinta em UTIs de Gravataí lotadas como nunca; a ’eleição’ e o verão da COVID.
O secretário da Saúde Jean Torman e o superintendente da Santa Casa Antônio Weston assinaram nota informando que toda a estrutura do HDJB para atendimento aos pacientes de COVID-19 está com lotação máxima.
– Comunicamos a restrição ao atendimento, dando acesso apenas aos casos mais graves. Estamos em conjunto com a Prefeitura na busca por soluções que atendam as demandas da população de Gravataí.
Ao fim, como alertei ontem, preparemo-nos para o abre-e-fecha e o verão da pandemia. Não é segunda onda porque a primeira nunca passou e o platô, a tal estabilidade, resta nas alturas do Morro Itacolomi. Percebeu que o ‘novo normal’ não é mais perguntar “você já teve alguém de suas relações infectado pela COVID?” e sim “já perdeu alguém para a COVID?”.
Sem torcida ou secação: negar não muda nada.