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’Estou apanhando nas redes sociais, mas coube a mim enfrentar pautas ásperas’, diz Zaffa, prefeito de Gravataí, no Café com Acigra; Os 3 Poderes e o Ovo da Serpente

Videoconferência promovida pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí reuniu os 3 poderes, Executivo, Legislativo, Judiciários e empresariado

O sincericídio será o cashback do governo Luiz Zaffalon (MDB). No Café com a Acigra, que reuniu os 3 poderes de Gravataí, com o presidente da Câmara Alan Vieira (MDB) e a juíza diretora do Fórum, Valéria Willhem, o prefeito não escondeu:

– Apanho vergonhosamente na rede social e na rua porque enfrento pautas complicadas, muitas delas consequência da pandemia.

Como ‘pautas-bomba’, Zaffa citou a volta às aulas, o socorro de R$ 5 milhões para o transporte coletivo operado pela Sogil e a reforma da previdência municipal, que será envida à Câmara de Vereadores em abril.

– São pautas ásperas que couberam a mim e vou enfrentar. Se não fizer a reforma da previdência, o Orçamento de Gravataí zera em agosto – alertou, sobre o projeto de lei que já assusta categorias, e tratei ontem em Volta às aulas sem vacinas e reforma da previdência em Gravataí: as ’pautas-bomba’ que podem explodir greve dos professores; ’Funk na cara da Justiça’.

– O Brasil já discutiu e aprovou a reforma porque era imprescindível. Estamos apenas adaptando as regras para Gravataí.

Entre as contas a pagar da pandemia, algo que detalhei em Onde foi o dinheiro do socorro federal para Gravataí; O que ’CPI do Bolsonaro’ encontraria se investigasse, o acrescimento de leitos em Gravataí em março, pior mês da pandemia e mês onde mais gravataienses morreram do que nasceram, e reportei em Nunca tantos gravataienses morreram: março teve mais óbitos do que nascimentos; A virulência da COVID-19.

O prefeito lembrou que em 1º de janeiro assumiu o governo das mãos de Marco Alba (MDB) com um Hospital de Campanha funcionando e 32 leitos para COVID e precisou ampliar para os atuais 150, além de uma ala aberta na Santa Casa de Porto Alegre exclusivamente para pacientes de Gravataí, para evitar a necessidade de passar pela regulação do Governo do Estado, que passou mais de 30 dias sem transferir pacientes de Gravataí no momento do colapso na saúde.

– Nunca imaginei passar por aquilo. Noites trabalhando para achar um buraquinho para colocar uma mangueirinha nova de oxigênio, ou o Hospital de Campanha com 400% de ocupação. Tinha gente em cadeiras, no chão mas, por mais precário tenha sido, mantivemos as portas da emergência sempre aberta e não deixamos ninguém sem atendimento.

– É uma conta a pagar, somada com aumento de 500% no custo dos insumos necessário para pandemia. Mas, enfim, é o de menos, o que importa é que salvamos vidas – concluiu.

Sobre a ‘pauta-bomba’ do subsídio milionário para a Sogil, o prefeito lembrou que a garantia do acesso ao transporte público é direito constitucional das pessoas, e é a alternativa para manter a passagem por mais um ano nos mesmos R$ 4,80 que custa há 12 meses, o que detalhei em artigos como Socorro milionário ao transporte público de Gravataí: a responsabilidade dos vereadores e o sincericídio de Zaffa, Socorro da Prefeitura para Sogil chega a 5 milhões em Gravataí; ’Pauta-bomba’ está na CâmaraZaffa confirma congelamento de passagens em Gravataí e A pauta-bomba: Gravataí congela em 4,80 tarifa que custaria 7,22: ’É socorro ao transporte público, não à Sogil’.

– Cabe à Prefeitura, que é o poder concedente, fazer o equilíbrio financeiro entre custos e tarifa. Com a pandemia, para manter a passagem congelada é preciso subsidiar – resumiu Zaffa.

– Infelizmente a sociedade não entende, acha que é dinheiro jogado fora. Eu, Alan e os vereadores somos agredidos nas redes sociais e nas ruas.  Mas, como prefeito, não vou fugir da responsabilidade – garantiu.

Ao defender a volta às aulas presenciais, o prefeito voltou a lembrar o Grande Tribunal das Redes Sociais.

– Chamam-me genocida. Uma professora escreveu que eu queria matá-la. Mas há estudos que alertam para a defasagem no aprendizado das crianças. Voltaremos seguindo todos os protocolos sanitários.

Em outro causo sobre as redes sociais, Zaffalon lembrou de live na qual participou e defendeu a privatização da Corsan:

– Pessoas ligadas à companhia escreveram que iriam arrancar minha foto da galeria de ex-presidentes, mas teve também quem ameaçou queimar a minha casa. Minhas filhas ficaram assustadas. Hoje é cada vez mais difícil ter uma posição e expô-la. Mas seguirei sendo transparente – disse, sobre sua opinião que contraria inclusive seu grupo político, como lembrei nesta semana em Privatização da Corsan: Patrícia Alba ’pega na mentira’ o governador; Deputada de Gravataí vota contra ’Pix ilimitado.

Ao falar de flores, Zaffa listou novos investimentos, como Magazine Luiza, Elevato e PLDO, o que o Seguinte: reportou em artigos como Lojas Paludo investe 10 milhões e contrata só gravataienses. Saiba como trabalhar na empresaElevato vai investir 13 milhões em Gravataí; São 70 empregos. Saiba como trabalhar na empresa e Como disputar 500 empregos: Sai Mercado Livre, entra Magazine Luiza em Gravataí; Zaffa libera alvará para negócio na 118.

 – Hoje somos um polo de logística. Uma cidade que transformamos na mobilidade e infraestrutura e é bom para investir e para morar – disse, repetindo o que falou também aos representantes do PIB de Gravataí em 90 dias de Zaffa em Gravataí: 10 coisas que o prefeito disse na Acigra.

O prefeito também lembrou da parceria com a Santa Casa, consolidada no pior momento da pandemia.

– O Becker tem tudo para se transformar em um hospital referência. A Santa Casa mostrou que veio para ficar e revolucionar o atendimento médico em Gravataí.

Zaffa também levou à pauta a construção de um "mutirão digital" para ensinar as pessoas a usar a tecnologia e se preparar para a chegada do 5G.

– 90% das pessoas que estão na fila do banco não precisariam estar ali. Temos hoje excluídos digitais.

 

Assista à íntegra do vídeo e, abaixo, sigo

 

Sigo eu.

Para usar como metáfora o clássico de Ingmar Bergman, o Ovo da Serpente de onde nasceu o Grande Tribunal das Redes Sociais não foi chocado só pelo ‘povo’, mas também pelos ‘3 Poderes’, representados no Café com Negócios por Zaffa (Executivo), Alan (Legislativo) e Judiciário (Valéria), e também pelo empresariado, cuja prócere ali era Ana Cristina (Acigra).

Incluo ainda a Imprensa, mas excluo-me dessa responsabilidade, por sempre fui crítico de pré-julgamentos, mesmo que fosse impopular sê-lo, e pudesse ter ganho mais seguidores com ‘caça-cliques’ promovendo a razia da política.

Exemplifico com o “maior escândalo judicial da história brasileira” (como ‘deu no New York Times’, em manchete de artigo de Gaspard Estrada, diretor-executivo do Observatório Político da América Latina e do Caribe da universidade Sciences Po de Paris), a iconoclasta Operação Lava Jato.

Inegável é que, se hoje se odeia a política, e não se permite aos políticos nada além da presunção de culpa, primeiro é porque corrupções aconteceram – e acontecem desde que a Quinta da Boa Vista, e sem dúvida antes também por inimputáveis índios.

Ninguém em sã consciência, e que não sinta inveja por ser tão incorruptível, aprova o desvio do dinheiro, que poderia salvar uma vida, para a campanha de partidos ou para o bolso de alguém.

Mas isso não precisaria ser escrito.

O que destruiu a política moderna – e, pior que uma pandemia, a indústria e a economia nacional, hoje com PIB que é metade de 2014 – foi a narrativa lavajatista, devidamente distribuídas pela imprensa amiga, e por, como bem apelida Reinaldo Azevedo, ‘garotos e garotas de programas’, de que ninguém presta na política, construída enquanto se transformavam direitos individuais e a Constituição em um ‘É verdade esse bilhete!”; e, incontestável porque tem ‘recibo’, decreto de nomeação, uma carreira política era preparada por Sérgio Moro.

À época, para destruir reputações, o Grande Tribunal das Redes Sociais foi útil para muitos que hoje são por ele condenados e já vi no Parcão, com rosto pintado de verde amarelo, camiseta da CBF e a bandeira do Brasil como capa.

Não é sempre que corruptos estão na outra mesa.

Não são fake news e informações com a profundidade de uma poça d´água exclusividade do ‘povo’, indignado com uma economia quebrada desde antes da pandemia, que posta nas redes sociais, mas também podem ser associadas a empresários de Gravataí que ajudaram a distribuí-las nos últimos anos, e ainda distribuem.

Como jornalismo é dar nome às coisas, cito José Rosa, presidente do Sindilojas, em suas postagens no grupo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes) de Gravataí, que, ainda bem, não chegarão à direção da Prometeon, na China, ou na GM ou Dana, nos EUA, porque aqui já provocam constrangimento em altos executivo e na intelligentsia de Gravataí.

O réptil gestado pelo Ovo da Serpente rasteja cercado de hienas que buscam carniças verbais, fake news, em um cercadinho em frente ao Palácio do Planalto e se chama Jair Bolsonaro, deprimente da república – como em triste genialidade descreve o humorista Fraga, colunista do Seguinte:.

É sim, culpado por tanto ódio, e também por, usando sua linguagem de miliciano, ‘cancelar CPF’ de mais de 400 mil brasileiros.

Não concordo com a juíza Valéria que, no Café com a Acigra, salvo engano, disse que “não há culpados” na pandemia. Inclusive, discordo de quase tudo que a magistrada disse sobre a COVID no vídeo, e há ela de entender a crítica, já que disse que pensamentos diferentes são saudáveis e gosta ela de mostrar que o Judiciário é feito por seres humanos.

Reputo há culpados para os 2 mil Boeings em vidas perdidas que já ‘caíram’ no Brasil em um ano de COVID-19 e, aí não eu, mas a ciência, recomenda hoje um único ‘tratamento precoce’ para a pandemia, que é o distanciamento social, além de uma salvação: a vacina – hoje distribuída a conta gotas, tanto que enquanto os EUA já vacinaram metade da população, o Brasil recém ultrapassou 10%.

Escuso-me se transformei uma conversa agradável, e uma democrática e salutar reunião entre os 3 Poderes, neste Café com Negócios da Acigra, em uma análise pesada. É meu papel profissional reportar e, quando tenho subsídios, analisar – o que faço há anos com especial dedicação sobre os ovinhos paridos pelo Tribunal das Redes Sociais, que hoje tanto assustam as elites políticas e empresariais.

Ao fim, veio-me à mente o Pi, gatinho, filho, que perdi ontem ainda novo, aos 8 anos, para um tumor que a quimioterapia não salvou. Quando ele queria chamar atenção para coisas importantes, como a falta de ração no potinho, subia em algum móvel, derrubava algo e fica ali parado, olhando para a gente.

O Pi, fosse gente, poderia ser um jornalista profissional.

 

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