Adesão de famílias ao presencial aumentou, mas risco da variante Delta e medidas de distanciamento ainda impedem volta à normalidade
Segunda-feira, 2. As escolas de Canoas reabrem depois de um recesso recheado de frio e até neve na Serra. Desta vez, a volta às aulas teve mais alunos no regime presencial do que em junho, quando o funcionamento das escolas em formato híbrido foi autorizado pelo governo. Ainda assim, apenas 9,3 mil estudantes – um em cada quatro matriculados – optou pelo convívio cotidiano com a sala de aula.
Senão agora, com o avanço da vacinação e todos os professores com as duas doses no braço, quando o ensino 100% presencial pode voltar em Canoas?
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De acordo com a secretária de Educação do município, Sônia Rosa, é cedo para dar uma data. "Tanto o Conselho Nacional de Educação quanto o Conselho Municipal de Educação autorizaram ao ensino híbrido e o remoto até o final do ano", conta. Ainda há um decreto do Governo do Estado estabelecendo um distanciamento mínimo dentro das salas de aula, o que reduz consideravelmente a capacidade de atendimento integral das turmas. "Enquanto essa for a regra, não dá para falar em volta somente do ensino presencial", confirma.
Canoas também deve avaliar, antes de tomar a decisão, questões locais como índice de contágio e o avanço das medidas de contenção à pandemia. Se por um lado é certo que o ensino presencial favorece os primeiros anos de aprendizagem, por outro o ensino remoto deixa importantes legados que devem ser preservados. "Tecnologia e Educação vieram para ficar. O ensino híbrido é um assunto sem volta. Não será como foi nesse tempo de pandemia, mas vai continuar com novos formatos, novos modelos", adianta a secretária.
Sônia acredtia que a pandemia também trouxe uma proximidade maior dos pais com o aprendizado dos filhos. "A participação da família é fundamental na formação dos filhos. O esino remoto precisou bastante desse acompanhamento", comenta a secretária.
Pelo menos até que o Estado mude a regra sobre o distanciamento em sala de aula, Canoas seguirá oferecendo a opção de ensino presencial e híbrido nas escolas públicas. Não há indicação do governador Eduardo Leite, no entanto, sobre o assunto. Em live há duas semanas, ele disse que pretende vacinar todos os gaúchos com mais de 18 anos com pelo menos com a primeira dose contra a Covid-19 até o início de setembro, o que pode indicar um prazo para mudança nas regras do distanciamento.
Até lá, cadernos em casa.
