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CANOAS | A semana do ’juízo final”: se correr o calorão pega, se aglomerar a Covid come; te prepara, Canoas

Temperaturas devem se elevar ao longo da semana e calorão vai torrar a região, mas ainda não a ponto de fritar ovo na BR. Foto: Agência Brasil

Segunda semana do ano promete: além do calorão de rachar, próximos dias são decisivos para entender o rumo da pandemia em 2022

A previsão era de quase 46 graus, o que não vem se confirmando nos prognósticos mais atualizados – mas isso não quer dizer que o calor dos próximos dias não seja, digamos, infernal. Os termômetros devem bater à casa dos 38 graus em Canoas na sexta, com sensação térmica muito superior. A meterologista Estael Sias, da MetSul, explicou em um artigo muito didático publicado na sexta, 7, que a previsão de 46 graus para Canoas estava baseada em apenas um modelo de prognóstico climático, o GFS, norte americano. Este modelo é gratuito e o mais comum utilizado pelos aplicatos de previsão do tempo para indicar as temperaturas ao redor do globo.

 

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Os modelos europeu e o alemão, mais especificamente, indicam calor acima da média – mas não tão elevado. No modelo distribuído nesta segunda-feira, 10, pela manhã e também comentado pela Estael na MetSul, a onda de calor extremo ganha contornos mais definidos; Canoas pode ter temperaturas batendo nos 40 graus entre quinta e sábado e a preocupação, além do desconforto para quem precisa sair às ruas, é com a estiagem e a possível falta d'água, os animais no campo e as lavouras pampa afora. A Corsan já informou que a captação no Rio Gravataí será intermitente, o que pode provocar interrupções no abastecimento em Gravataí e Cachoeirinha. O problema é que quando isso acontece, aumenta a demanda na captação do Arroio das Garças, em Canoas, colocando a cidade também em estado de preocupação com a possibilidade de torneiras secas no auge do verão.

Se ainda não chegou o dia em que fritaremos ovos na BR-116, no assunto pandemia a temperatura segue em elevação. Essa semana é decisiva para que as autoridades em saúde entendam o rumo que a Covid-19 irá tomar em 2022. Até sexta, deve acontecer o pico de contágio a partir dos feriados de final de ano, quando bastante gente baixou a guarda e descuidou das prevenções ao coronavírus. De 1º de janeiro para cá, o número de testes diários em Canos aumentou de 170 por dia para mil, em média. Em uma semana, o mundo contabilizou 1 milhão de novos casos por dia e o Rio Grande do Sul viu crescer em quase 500% a procura por atendimento para pacientes com sintomas gripais – parte deles com Covid, parte com gripe, parte com ambas.

Percebendo que a vacinação mantém as infecções em estágio menos grave do que ocorreu em março do ano passado, quando o sistema hospitalar quase colapsou em todo o Estado, prefeitos já se socorrem a Brasília pedindo ajuda para a assistência básica. É ela que, hoje, tem suportado a demanda provocada pela Ômicron, variante responsável por 6 em cada 10 casos confirmados de Covid-19 em solo gaúcho. Em Porto Alegre, a segunda-feira começou com falta de testes rápidos em algumas unidades de saúde – o que certamente vai atrasar o dianóstico, favorecer a circulação do vírus e adiar o tal 'convívio pacífico' com a pandemia.

Se os números estabilizarem nos próximos dias, mesmo em patamares mais elevados, temos uma chance de segurar a pressão sobre o sistema de saúde antes do próximo 'evento apocalíptico', que será o carnaval no finalzinho de fevereiro. Senão, segurem-se todos: se correr o calorão pega, se aglomerar a Covid come.

 

 

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